sexta-feira, 8 de março de 2013

Ei, me empresta a senha do seu cartão?


Olá meus queridos e queridas, começo com essa perguntas totalmente sem noção o post de hoje. Afinal, me emprestam a senha dos seus cartões?
A pergunta é totalmente estapafúrdia e a resposta é mais que esperada, NINGUÉM em sã consciência compartilha por aí a senha do seu cartão do banco, de crédito ou qualquer outro que implique em gasto financeiro. Porém antes de dormir me deparo com essa notícia (http://oglobo.globo.com/pais/video-mostra-pastor-marco-feliciano-pedindo-senha-do-cartao-de-fiel-7765065) em que aparece um vídeo onde um cidadão (Marco Feliciano, o deputado com a melhor sobrancelha de Brasília) pede a um de seus seguidores o seu cartão e a respectiva senha. Normal né, afinal todo dia vemos anúncios no jornal em que as pessoas cedem suas senhas do cartão, em sinal de gentileza para com o próximo (mas só que não!!!!!). Não posso e nem quero julgar ou criticar qualquer denominação, e tampouco criticar aqueles que doam seus ganhos a quem ou que quer que seja, com o SEU dinheiro você faz o que bem entender (se for jogar pela janela me liga avisando que apareço na sua sacada com uma lona, por favor!). A questão que me assusta e me faz escrever sobre o assunto é a criatividade que algumas pessoas e QUADRILHAS têm para tirar na mão leve o dinheiro alheio.

Mas caramba, que papo é esse de tirar dinheiro na mão leve?

Já ouvi dizer que mentira é algo mais antigo do que andar pra frente, e tirar proveito de outra pessoa deve ser mais antigo ainda. Não conheci ainda pessoas que em nenhum momento da vida pensa em tirar algum tipo de vantagem em cima de um amiguinho, do parente, da esposa, do marido, enfim do próximo. A base dos golpes envolvendo dinheiro e a famosa mão leve está aí, nessa vontade/necessidade de tirar proveito do amiguinho (gostei dessa palavra, sigo com ela ok?). Acho que todos aqui já devem, em algum momento da vida, ter ouvido a expressão “Conto do vigário”. Na verdade esse termo (Aqui) hoje em dia é mais colocado a qualquer tipo de pequeno golpe. Esses pequenos golpes consistem na existência de um espertalhão, geralmente não age sozinho, e uma vítima, quase sempre apresentando vulnerabilidades ou tendências a querer ser espertalhona também. Através de uma mentira bem contada o espertalhão e sua trupe convencem a vítima a contribuir financeiramente para garantir algum retorno financeiro muito maior que a sua contribuição inicial. À primeira vista é algo perfeito, afinal dou R$1500 e em troca da ajuda, quando tudo der certo terei retorno de sei lá, R$5000 (claro seu bocó, um desconhecido vai multiplicar os seu investimento apenas pra te ver feliz!). Só que o mundo não é tão simples e a chance de você, meu caro espertalhão ou espertalhona, ver o seu investimento multiplicado é zero. Isso mesmo! Estás diante de um golpe, nunca mais verá seu dinheiro de novo. Esses pequenos golpes cotidianos movimentam boas quantias e o que não falta é gente disposta, doida pra cair nesse tipo de conversa. Um dos golpes mais antigos e praticados (http://www.fraudes.org/showpage1.asp?pg=131), o do famoso bilhete premiado. Vi duas vizinhas minhas caindo nesse golpezinho aí. No link disponibilizado na frase anterior tem uma síntese dos diversos tipos de fraudes registradas nos últimos anos.

Se não quer se comportar como um desses leia esse post até o final!

TODOS estamos propensos a cair, mas as vítimas preferidas são senhorinhas simpáticas que sempre querem ajudar o próximo!
Fanáticos e pessoas que pensam pouco antes de agir também são alvos em potencial.

Mas vem cá, com tanto alerta por aí quem cai nesse tipo de golpe?

Meus amigos e minhas amigas devo-lhes informar que muita gente cai nisso. Só aqui no meu condomínio vi duas pessoas caindo, fora de outros casos que fiquei sabendo pela vida. O mais bacana é que nos casos que vi mais de perto, o que mais se observa é que as pessoas caem por olho grande. Sim meus caros, lembram quando disse da eterna necessidade de se tirar vantagem? Então, todo mundo quer bancar o esperto alguma vez na vida, então as pessoas entram nisso crentes que vão sair por cima da carne seca e quando veem nem o sebo da carne tem pra jantar. O olho grande é que faz a gente fazer mais besteira. Quando o golpe toma ares religiosos (falsos sacerdotes, curandeiros de quinta, mentirosos...) outro fator me parece bem relevante, as situações de vulnerabilidade.
Pessoas que são ou se sentem prósperas tem uma vida menos complicada, não parecem (ou não querem parecer) depender tanto da intercessão divina, a prosperidade já é um fato (ou está em vias de fato). O problema é quando não se é próspero, não só em dinheiro, mas em saúde, sossego. A prosperidade parece ganhar cada vez mais o status de maior objetivo a ser almejado. Normal, não conheço ninguém que sonhe em ser ferrado (Ataque do Capitão Obvio!). Mas o que quero dizer é que as pessoas que não são prósperas ou sentem a necessidade de algo acabam por pensar em fazer qualquer coisa (A ocasião faz o ladrão! Será?!) pra atingir seus objetivos. Aí é que entra a ação dos golpistas novamente. A lógica é semelhante ao meu singelo exemplo, mudando que os instrumentos de convencimento atacam mais em valores morais, religiosos das pessoas, o processo pode se tornar mais coercitivo. Felipinamente falando, quando a gente quer sair do atoleiro e não pensa muito acabamos por agir com a mesma lógica de um menino de 11 anos tentando ver um filme pornô escondido dos pais. Sempre dá merda (Desculpem a palavra!). Casos na mídia é o que não faltam, inclusive o ex-advogado do meu condomínio defendeu ano passado um “pai-de-santo” que gostava de extorquir seus clientes, quase sempre desesperados para terem de volta o seu relacionamento ou querendo derrubar aquela amiga invejosa (tipo aquela sua amiguinha de faculdade que só liga pra saber qual o texto da aula seguinte ou o código da disciplina). Em denominações cristãs acontecem situações parecidas, com pedidos exorbitantes, pondo em risco a saúde financeira das pessoas que dão o dinheiro. O deputado e presidente de comissão fashion aparentemente paga suas sessões de escova inteligente e depilação facial usando divisas gentilmente cedidas pelos seus seguidores (afinal uma moto usada garante umas duas sessões de escova no melhor salão da terra dele). Casos de curandeirismo, esoterismo e todo o mau uso de questões sobrenaturais são palcos perfeitos para golpes também. São nessas pequenas fraquezas que os golpistas se instalam, na compaixão pelo analfabeto que ganhou na mega-sena, no vislumbre de adivinhar em que forminha de empada está a bolinha ou na falta do pão na mesa, na falta de ouvir uma palavra de acalanto, no querer ganhar a vida a qualquer custo.
No fim das contas, sejam menos olhudos e mais alertas. Ao sinal de problemas acionem pessoas de extrema confiança e que não falem em dinheiro.

Mas por que mexer com o dinheiro alheio?

Tudo que envolve dinheiro pode acabar em encrenca. Pessoas fazem as maiores besteiras por conta dele (já ouviu falar em dar a senha do cartão? E em leiloar a virgindade?). Os golpistas são bem formados nisso, sabem do que suas vítimas são capazes. Raramente serão agressivos, sempre dirão palavras positivas, incentivarão as maiores loucuras (como dar suas senhas a desconhecidos, sair dando dinheiro por aí, barganhar sua prosperidade dando seus pertences em troca..). Pra vocês verem um exemplo, minha vizinha queria muito dar um carro pro seu neto. No golpe do milionário analfabeto ela deixou escapar isso. Os caras a encheram de esperança, dizendo que até carro importado ela poderia dar. Nada mal ouvir que você pode comprar um carro importado e ainda sim sobrar pra tirar umas férias em Angra não?! (claro anta, as pessoas são tão prestativas que adoram distribuir dinheiro. Pena que nunca encontrei ninguém tão bonzinho no meu trem!)

Esse aí representa o golpista televisivo. Se der mole ele vende a mãe dele  te convencendo que ela é virgem e se parece com a Debora Secco, e te cobrando bem alto por isso.

Esse levou muita gente no bico.
Xiii, outra rede de trama pequena, sempre tem um bagre preso nessa!

Se aparecer alguém assim dizendo que ganhou sozinho na megasena corre, é golpe do grande!
Muita gente cai nesse jogo da bolinha no copo. Quantos foram à falência em rodadas intermináveis de apostas no Largo da Carioca.


Mas depois que leva o golpe, o que se faz?

Não vão achando que o dinheiro volta. Uma vez enganado pra sempre afanado. É praticamente impossível resgatar o que foi perdido. Ultimamente até se vê ações judiciais de pessoas pedindo de volta doações extravagantes feitas à instituições religiosas, mas isso é tudo muito novo. E em relação aos golpes no mundo profano as chances ficam no zero mesmo. O que é possível e deve sempre ser feito é a denúncia, vão à delegacia e denunciem. É fácil falar, mas ninguém gosta de ser ou se sentir lesado. A vergonha, sensação de impotência e incompetência muitas vezes impedem as pessoas de denunciar (Realmente quem cai nisso é bem tonto mesmo, mas deixa a zoação de lado e denuncia. Assim ameniza a burrice anterior). O que devemos lembrar sempre é que essas pessoas agem em bandos relativamente organizados, e que denunciar uma falange dessas pode desmoronar esquemas inteiros. Por isso meus amigos não deixem de ir à delegacia, (não por vocês, que depois de lerem isso não cairão, mas pensem naquela sua tia que joga buraco na internet o dia inteiro e sonha em comprar uma tekpix com o Juarez, se ela cair no golpe leve-na à delegacia!) é fundamental que se registre ocorrência, retrato falado e etc. Caso aconteça em locais religiosos não deixem de denunciar qualquer tipo de molestamento, coerção, inibição. Procurem as autoridades competentes, e sempre que possível tentem consultar instâncias superiores em seus grupos religiosos (ou como queiram chamar). Tentem perceber se isso é um comportamento individual ou se é uma praxe do local. Mas pra ratificar e exterminar esse tópico, a denúncia é fundamental.

O que dizer da senha, do senhor deputado e da Comissão de Direitos Humanos?

Bem, o digníssimo terá de explicar bem o teor dessa conversa no vídeo, bem como entender que não se pede senha de banco, afinal isso não interessa a Deus (até porque com Sua onisciência ele deve saber). A comissão de direitos humanos da Câmara Federal tá uma balbúrdia só, digna daqueles quintais suburbanos divididos em pequenos cômodos, onde todo mundo briga pra ver quem é mais dono e pode mandar mais. O deputado alisado não está no cargo de bobeira, ele tem seus interesses, assim como o Jean Wyllis e qualquer um que faça parte da comissão. Infelizmente assume essa comissão tão importante uma pessoa que responde a processo, fala um monte de besteiras na televisão e mantém aquele cabelo ridículo à base da prancha alisadora da REVLON. Besta é de quem libera a senha do cartão pra qualquer um, quiçá uma criatura que usa prancha e faz sobrancelha, e é conhecido na internet como “Pastor Ryu”.

Agora sim a comissão tem um presidente gato, fashion, garoto propaganda da REVLON e de sobrancelha feita. Olhando assim ninguém diz que ele tem processo por estelionato.


Pra não cair...

Pra não cair nisso tudo meus caros, devemos exercitar o bom senso. Dinheiro é algo que rotineiramente vem difícil e vai fácil. Se a promessa é de vinda fácil, DESCONFIE! (Afinal nem se prostituindo  a grana vem fácil, ou já pararam pra pensar nos esfolamentos que os profissionais do séquiço devem ter...) Se a pessoa desconhecida se apresenta muito solicita, fala tudo que você quer ouvir e ainda por cima já vem falando em grana, PULA FORA, a chance de cair no golpe é grande caso não saia dessa malha. NÃO SEJA OLHO GRANDE, não pense que nenhuma alma caridosa lhe dará de bom grado dinheiro pra comprar um Camaro Amarelo (Mas nem que fosse doce feito caramelo). Uma última dica, evite divulgar aos quatro cantos problemas pessoais ou de ordem financeira. Esse tipo de conversa é bom se restringir a grupos pequenos e bem seletos de pessoas de estrita confiança. Caso contrário essa informação pode cair em ouvidos errados, daí a dar dinheiro pro analfabeto abrir uma conta é um pulo...


Notas felipinas 1: Queridos e queridas, escrevi esse post pensando em como estamos sujeitos a todo tipo de enrolação envolvendo dinheiro. Todo cuidado é pouco!

Notas felipinas 2: Agora se mesmo assim quiserem distribuir dinheiro por aí, não pensem duas vezes em me chamar e jogar tudo em cima de mim. Já providenciei uma caçamba pra recolher tudo...

Notas felipinas 3: A, pra quem interessar, a senha do meu cartão é 3102... (pra saber o resto eleve a constante de Avogadro à 345ª potência, depois divida pelo valor de π.).

Notas felipinas 4: Não tenho pendenga com igreja e nem religião nenhuma, pelo contrário (conheço bons trabalhos de denominações e religiões diversas e reconheço o préstimo de toda instituição que passe valores bacanas), apenas tenho com gente pilantra que se aproveita da fragilidade ou olho grande alheios...

Olho vivo meu povo!

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